Logo após me formei, eu junto com um grupo de amigos, nos reunimos em um bar/café para bebericar e dialogar sobre os filósofos... ( a ideia principal era fazer um tipo de ‘balanço” de como foi a nossa faculdade de Filosofia no decorrer destes quatro anos). Tenho muitas lembranças daquela noite, embora o que não consigo esquecer foi o fato da minha empolgação e do meu entusiasmo em falar que: De todos os autores germânicos... Kant era o que menos eu gostava, porém o respeitava e tinha a clara certeza da importância dele para a História da Filosofia, deixando nítido que não pensaria em reler esse autor por muito tempo. Hoje... praticamente onze anos depois voltei a ler Kant e sempre o respeitando embora não sendo um dos meus preferidos, me apeguei ao que ele se refere à menoridade e por isso gostaria de sem grandes compromissos compartilhar esse autor...
O conceito de menoridade, segundo Kant consiste na incapacidade dos indivíduos usarem, ou usufruírem do seu próprio entendimento e isto seria um grande fator, que os impedem de ter um crescimento racional, por exemplo: a preguiça, a não coragem e o comodismo - se apresentam neste cenário como “ferramentas” que fazem do indivíduo um “ser menor” e nessa menoridade as pessoas se acomodam ao ponto de não desenvolver o seu crescimento intelectual e amadurecer, pois o amadurecimento humano deve transcender o banal, fazendo com que o indivíduo pense por si mesmo e que possua argumentos seguros para defender as suas opiniões e criticar quando for necessário... esse é o papel do ser humano... desenvolver-se racionalmente e ser maior em tudo, saber falar e ouvir, ousar, questionar e refletir sobre como a vida é... e como ela poderia ser.
Quiçá, Kant, nunca será um dos meus autores preferidos, no entanto ele foi muito feliz ao tratar do termo “menoridade”. Por esse desejo à todos: SAPERE AUDE!